O Ex Prefeito de Colatina João Guerino Balestrassi, administrou o município de forma inédita e brilhante por dois mandatos consecutivos. Ao final do segundo mandato elegeu seu sucessor, então vice-prefeito na sua segunda administração, Leonardo Deptuski, num projeto político totalmente contrário aos interesses do Governador Paulo Hartung que apoiou a candidatura do Dep Paulo Foleto.
Seu principal argumento à época era que o Orçamento do Governo Paulo Hartung não priorizava os interesses da região norte do Estado. Como liderança municipalista e presidente da Amunes -Associação do Municípios do Espírito Santo, defendia melhor percentual na divisão do orçamento estadual: Que destina 60% para os municípios da Grande Vitória, 30% para a região sul e apenas 10% para a região norte do Estado. Tudo isso, motivado também por divergências internas no PSB, seu antigo partido, liderado pelo Dep Paulo Foleto integrante da base governista na Assembleía Legislativa.
A única liderança, em nível nacional, que esteve em Colatina apoiando o projeto de enfrentamento aos interesses do Palácio Anchieta, foi o Senador Magno Malta por entender a coerência política da tese defendida pelo grupo político liderado pelo então Prefeito Guerino. No município também foi apoiado pelo Ex Dep Federal Marcelino Fraga, do PMDB e dissidente do grupo político do Governador no partido.
Em 2010, filiado ao PV e sem mandato,porém, reconhecido como proeminente liderança política em toda a região norte do Estado, foi convidado pelo Palácio Anchieta para assumir a Presidência do Bandes. E em seguida começou a articular sua candidatura: Primeiro, para Deputado Federal e depois para o Senado da República, agora sob a orientação política do seu líder Paulo Hartung. Ele seria o segundo nome junto com o Governador quando deixasse o Governo para concorrer a uma das vagas, "garantida", ao Senado.
Com o "fico" de Hartung até ao final da administração, ficou também o Guerino com imensas dificuldades para viabilizar seu projeto político. Seu partido- o PV tendo à Presidência da República, faltou espaço para a liderança colatinense na coligação governista para cargos majoritário, por impedimento da justiça eleitoral. Guerino sai da disputa responsabilizando o seu Partido Verde, por não ter valorizado seu capital político como liderança da Região Norte do Estado.
As contradições começam a partir do momento que o ex prefeito alia-se ao PDMB se inserindo no projeto político do Governador o mesmo que foi derrotado nas eleições de Colatina em 2008 por Guerino. O eleitorao de Colatina pouco entendeu essa mudança de posicionamento.
Em seguida filia-se ao PV e começam as conversas políticas para uma possível candidatura ao Senado atuando de uma forma políticamente "híbrida" pois: De um lado ele estava num partido que tem candidata a Presidência da República, a Senadora Marina Silva e o mesmo tempo estava em um grupo político que tinha candidatura a Presidente diferente do seu partido. Caso fosse candidato ao Senado em qual palanque ele iria subir para pedir votos para presidente? Ficou estabelecio um conflito que foi definido pela verticalização imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral. O que o PV podia fazer?
É possível que o perfil político personalista do Guerino o tenha impedido de avaliar a profundidade da ilha movediça para qual ele foi atraido no contexto político estadual.
E agora Guerino, como ficam as coisas em Colatina?Precisa ficar claro para o eleitor Colatinense quem voce irá apoiar e pedir votos nas eleições.
O cenário municipal hoje, é no mínimo curioso: O Guerino não apoia Foleto, porém, são aliados a P.Hartung-PMDB, que apoia Casa Grande que apoia Foleto-PSB, e tem o PT de Leonardo e Genivaldo na chapa concorrendo ao Governo do Estado. O quadro político está no mínimo "cabuloso" ou "jabulani"
Vamos aguardar!!!!