A Ponte Florentino Avidos de Colatina, que liga o centro ao Bairro de São Silvano, a outros municípios e Estados, está parcialmente interditada desde novembro de 2010, por determinação do Juiz da Vara da Fazenda Pública de Colatina, Menandro Taufner Gomes.
Determinou também que o Estado e a Prefeitura de Colatina providenciassem as reformas emergenciais e imediatas para acabar com os riscos. em caráter liminar, motivado pelos riscos de desabamento, devido a danos na estrutura da ponte.
Que a Prefeitura e a Polícia Militar adotassem providências no sentido de permitir o tráfego apenas de veículos leves na ponte; E que a fiscalização e vigilância fosse durante 24 horas nos dois pontos de acesso, proibindo rigorosamente o tráfego de veículos pesados. A decisão do magistrado exclui ônibu circulares de transporte intramunicipal.
Ao mesmo tempo, estabeleceu pelo mesmo prazo de 10 dias, para que o Município apresentasse um plano de Reforma Urgente da Ponte, com cronograma detalhado e prazo para execução preestabelecido.
A decisão do Juiz, atende ao Ministério Público que ajuizou a Ação Civil Pública contra o Município de Colatina, pedindo a restauração imediata da ponte, tendo em vista que uma inspeção realizada pelo CREA-ES, constatou que:
"a estrutura antiga e arcaica da Ponte Florentino Avidos, inaugurada em 1928, estaria seriamente abalada, havendo riscos de desabamento ou rupturas, cujas consequências seriam catastróficas, inquantificadas e imprevisíveis".
O magistrado fixou um multa diária de 4 mil em caso de descumprimento das determinações, a ser executada após o trânsito em julgado da decisão, "sem prejuízo do processo por Atos de Improbidade Administrativa, prisão em flagrante ou encaminhamento para lavratura de termo circunstanciado pelo crime de Desobedência ou até mesmo Prevaricação".
O Juiz Menandro Taufner finalizou, determinando que a Defesa Civil do município fique atenta à necessidade da interdição completa da Ponte, em caso de condiçãoes climáticas adversas, como fortes ventanias, cheias e enchentes.
Já se passaram quase nove meses de interdição e nada foi feito de reparos na ponte. Na administração municipal há quem defenda o início das obras para depois das eleições municipais, para que não influencie, negativamente, em uma possível reeleição do atual Prefeito Leonardo, uma vez que os trastornos causados irritariam os eleitores em prejuizo para campanha.
Por outro lado, no município não existe a Coordenadoria de Defesa Civil estruturada, como não existe na maioria dos municípios. Não seria o caso da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil fazer uma avaliação da atual estrutura da ponte para melhor conscientização dos possíveis riscos?