sexta-feira, 28 de maio de 2010

Apatia Política em Colatina

A quatro meses das Eleições, o eleitorado de Colatina apenas imagina ou deduz quem são ou poderão ser os candidatos que concorrerão aos mandatos de Deputados Federal, Estadual e até mesmo Senador.

Em qualquer canto da cidade que se questiona sobre quem serão os candidatos do Município para as eleições 2010, a única coisa certa que se tem é a candidatura à reeleição do Deputado Josias da Vitória.

Não se vê nenhuma movimentação dos Partidos Políticos para apresentação dos seus prováveis pré candidatos o que seria comum pelo menos em ano de Eleições. O eleitor não participa da indicação dos seus candidatos, só os conhecem quando estes já estão em campanha, através do horário eleitoral gratuito ou quando comparecem às urnas no dia das eleições.

A principal liderança política de Colatina, hoje, chama-se Guerino Balestrassi-PV, ex Prefeito de Colatina. Ele bem que poderia estar conduzindo o debate eleitoral com a sociedade colatinense e ao mesmo tempo articulando sua candidatura ao Senado da República.

O Partido Verde que possui candidato a Presidente a República, a Senadora Marina Silva e Guerino ao Senado, em Colatina não se vê falar em candidaturas proporcionais que é o que mais interessa para a região noroeste do Estado.

Isso vem confirmar o quanto se faz necessário uma reforma política no sistema democrático brasileiro. Os Partidos Políticos, abrigo legal para que o cidadão se torne um candidato a cargos eletivos, atualmente, são como notas promissórias assinadas para o credor, porém, com poucas chances de se quitar as dívidas.

De toda sorte como o eleitorado nesses próximos quarenta dias, vai estar preocupado com os craques do Técnico Dunga no Mundial 2010, Os nossos políticos vão estar a vontade para driblarem seus eleitores em todos os estilos possíveis.

É uma pena que as coisas no encantado Brasil Varonil, a política não tenha a prioridade devida por parte dos brasileiros ao preferirem trocar conscientização por manipulação política. E viva a apatia política!!!

Colatina 28 de maio de 2010

Luiz Carlos da Silva
Jornalista e Cel RR

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Na Onda Política - 2010


Quero aproveitar essa ferramenta para, durante esse ano e Eleições em todos o níveis
escrever minhas análises e constatações, postando para todos que interessar possam.

Trata-se de um assunto sempre discutidos entre lideranças e pré candidatos, mas nem
sempre debatido com o eleitorado a não ser depois de tudo decidido.

Luiz C. da Silva

Surfistas políticos deixam eleitor a ver navios

Num País onde os partidos legalmente existem, mas, na prática são tipo «pranchas de surf político« para que o candidato que pretenda se eleger para algum mandato político as utilize.

Ainda está longe de consolidar uma democracia dentro do Estado de direito. O pragmatismo e o personalismo político, tem atropelado os princípios doutrinários e ideológico dos Partidos utilizando a máxima de que os fins justificam os meios.

É nesse contexto que a vida político-partidária se fragiliza abrindo espaço para o personalismo das lideranças consolidadas ou não, politicamente, em prejuízo do fortalecimento dos Partidos Políticos.

Nas eleições municipais de 2008, o ex Prefeito Guerino Balestrassi, sem partido à época, liderou um grupo político bastante heterogêneo no que diz respeito a cor partidária e saiu-se vitorioso elegendo seu sucessor Leonardo Deptulski, formando um «recife« político de resistência à «onda Paulo Hartung« que apoiou o Deputado Paulo Foleto.

Como a Onda Hartung se apresenta muito forte, o personalismo político de Guerino com mandato no PV, pegou sua prancha política, aderiu ao Governo e foi cumprir sua missão de líder municipalista como Vice-Presidente da Confederação Nacional dos Municípios.

A atual conjuntura política com vista para as eleições de 2010, a situação está pra lá de inusitada. Não existe mais projeto idelógico como bússola política para orientação do eleitor. O personalismo de cada líder é que está influenciando a cabeça do eleitor.

O eleitor não tem nenhuma motivação para filiar-se a um Partido político. Não existem formação nem conscientização da importância de se ter uma vivência no processo político partidário. Com isso é comum ouvir cada vez mais da boca do eleitor: «Eu não voto no Partido, eu voto na pessoa.

Concluindo, ao prevalecer a lógica do poder pelo poder a qualquer custo, a nossa Democracia segue cada vez mais frágil, incolor e sem raça. Vivendo cada vez mais de «ondas políticas« onde o que menos importa é o Partido Político.

Luiz Carlos da Silva – Cel RR/Jornalista

Tsunami político

A onda política do Gov Paulo Hartung, onde vários políticos do Estado vinham surfando, potencialisou um enorme Tssunami arremessando os que pegavam essa onda na praia. Todos ainda estão tentando entender o que aconteceu, uma vez que a metereologia política previa mar calmo para quem surfava na onda política do Condomínio PH.

No Caso específico de Colatina, a reflexão é contínua sobre o que fazer daqui para frente. Essa turbulência política deve, pelo menos, colocar a política em debate na cidade. Como sempre, não existe vida político-partidária nem em ano e eleições. Os Partidos vivem sem militância e a reboque do personalismo político.

A nossa liderança política, o Ex Prefeito Guerino Balestrassi do PV, tenta sobreviver às ondas com sua “prancha política”. Ele encontra dificuldades para viabilizar sua candidatura ao Senado pela falta de coerência político partidária para o atual cenário, pois não podemos chamar de conjuntura política essa turbulência criada pelos últimos movimentos do Governador Paulo Hartung, o principal avalista político de Balestrassi.

Coerência é o termo da moda usado pelo técnico Dunga para convocar a Seleção Brasileira, se vai ganhar nós só vamos saber depois que começar os jogos. Na política esse critério também deveria ser usado. Os políticos errariam menos e seriam mais confiáveis.

O grande beneficiado desse maremoto, foi o Senador Renato Casagrande que não arriscou pegar onda quando a situação estava mais para pegar um barco “salva vidas”. O seu sucesso até agora deve-se, diferente dos demais atores políticos, ao controle da sua personalidade política construída em base partidária sólida através da sua histórica militância no Partido Socialista Brasileiro.

O que fica de lição é que está cada vez mais difícil fazer política só nos bastidores sem combinar com o eleitorado. Decisões acertadas através dos gabinetes só atendem às conveniências pessoais. Projetos políticos que visem o bem de uma coletividade devem ser debatidos via Partidos Políticos.

Por fim a metereologia política informa que o tempo por estes dias permanecerá estável, com alguma nebulosidade, mas, maiores conseqüências.

Colatina 13 de Maio de 2010

Luiz Carlos da Silva – Jornalista e Cel RR