quinta-feira, 20 de maio de 2010

Surfistas políticos deixam eleitor a ver navios

Num País onde os partidos legalmente existem, mas, na prática são tipo «pranchas de surf político« para que o candidato que pretenda se eleger para algum mandato político as utilize.

Ainda está longe de consolidar uma democracia dentro do Estado de direito. O pragmatismo e o personalismo político, tem atropelado os princípios doutrinários e ideológico dos Partidos utilizando a máxima de que os fins justificam os meios.

É nesse contexto que a vida político-partidária se fragiliza abrindo espaço para o personalismo das lideranças consolidadas ou não, politicamente, em prejuízo do fortalecimento dos Partidos Políticos.

Nas eleições municipais de 2008, o ex Prefeito Guerino Balestrassi, sem partido à época, liderou um grupo político bastante heterogêneo no que diz respeito a cor partidária e saiu-se vitorioso elegendo seu sucessor Leonardo Deptulski, formando um «recife« político de resistência à «onda Paulo Hartung« que apoiou o Deputado Paulo Foleto.

Como a Onda Hartung se apresenta muito forte, o personalismo político de Guerino com mandato no PV, pegou sua prancha política, aderiu ao Governo e foi cumprir sua missão de líder municipalista como Vice-Presidente da Confederação Nacional dos Municípios.

A atual conjuntura política com vista para as eleições de 2010, a situação está pra lá de inusitada. Não existe mais projeto idelógico como bússola política para orientação do eleitor. O personalismo de cada líder é que está influenciando a cabeça do eleitor.

O eleitor não tem nenhuma motivação para filiar-se a um Partido político. Não existem formação nem conscientização da importância de se ter uma vivência no processo político partidário. Com isso é comum ouvir cada vez mais da boca do eleitor: «Eu não voto no Partido, eu voto na pessoa.

Concluindo, ao prevalecer a lógica do poder pelo poder a qualquer custo, a nossa Democracia segue cada vez mais frágil, incolor e sem raça. Vivendo cada vez mais de «ondas políticas« onde o que menos importa é o Partido Político.

Luiz Carlos da Silva – Cel RR/Jornalista

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