quinta-feira, 16 de junho de 2011

GUERINO E O PP


Renata Oliveira (Século Diário de 15/06/2011)


PP namora com Balestrassi de olho na
vaga que se abrirá no Senado em 2014

O ex-prefeito de Colatina e presidente do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), Guerino Balestrassi, está sem partido desde o processo eleitoral de 2010. Mas, com um capital político ainda considerável, sobretudo na região noroeste do Estado, esta situação pode mudar. Os comentários nos meios políticos são de que ele e o PP estariam “namorando”.

Depois de fazer escolhas erradas ao deixar a prefeitura de Colatina e o PSB, em 2009, Balestrassi conversou com PT e PMDB e acabou se filiando ao PV. O partido, porém, não deu sustentação necessária para que ele disputasse o Senado, em 2010, como pretendia.

O partido embarcou no palanque palaciano que abraçou as candidaturas de Ricardo Ferraço (PMDB) e Magno Malta (PR). Como a legislação impedia mais de duas candidaturas por coligação, Balestrassi ficou fora do páreo. Com a posição do partido, ele deixou a sigla, mas o projeto de disputar o Senado parece persistir.

Nesse sentido, o PP se apresenta como um espaço ideal para a construção da candidatura em 2014, quando a vaga hoje ocupada pela senadora Ana Rita Esgário (PT) estará em disputa. O partido se adéqua ideologicamente a Balestrassi por ser de centro, o que também favorece um amplo espaço para negociar alianças.

Nacionalmente, o PP é um dos maiores partidos em número de filiados, com uma bancada forte e situação política estável. No Estado, o partido tem hoje a primeira suplência na Câmara dos Deputados, com Marcus Vicente, e representação na Assembléia, garantida pelo deputado Nilton Baiano.

Nilton Baiano chegou a se eleger para a Casa, foi substituído por Solange Lube (PMDB) com a validação dos votos do ex-deputado Luiz Carlos Moreira, no PMDB. Mas, com a saída do deputado Vandinho Leite (PR) da Assembleia para assumir a Secretaria de Estado do Esportes, ele assumiu a vaga na suplência.

Já para Balestrassi, o PP resolve o problema da incompatibilidade com outros partidos. Ele deixou o PV e não voltaria à sigla. No partido do governador Renato Casagrande, o PSB, também não haveria espaço para ele, já que, ao deixar o partido, a liderança da sigla em Colatina ficou com o deputado federal Paulo Foletto, seu adversário político.

Balestrassi também chegou a conversar com o PT, mas também não houve avanço. Já o PSDB segue uma linha ideológica bem distanciada da de Balestrassi. O PMDB também demonstrou interesse, mas houve divergências internas sobre sua filiação. Neste contexto, ficam cada vez mais claras as possibilidades de o ex-prefeitos ir para o PP.

COMENTÁRIOS:
Henrique de Assis, advogado (Vitoria/ES)
Enviado em 15/06/2011 17:19:06

- O Guerino deveria ficar quieto nesse momento. Se arrisca demais em projetos politicos se aliando - e se alienando - com quem foi contra em passado recente. É muito prolixo politicamente, mas uma boa pessoa. Quando estava com os verdadeiros AMIGOS e primeiros ALIADOS as coisas pareciam andar melhor para ele.

Luiz Carlos da Silva, CEL PM RR (Colatina/ES)
Enviado em 15/06/2011 18:03:23

- A política tem umas curiosidades interessantes. O PP namora Guerino(sem partido) com vistas ao Senado em 2014, porque o mesmo tem um capital político considerável. Depois a matéria diz que ele interessa aos planos do PP, uma vez que ele não volta para o PV, sua última filiação em 2010; Não volta para o PSB; Não se viabiliza no PMDB; As conversas com o PT não avançaram; e o PSDB diverge da sua linha ideológica.Que capital político é esse que os partidos não querem? Se ele não conseguiu ser candidato ao senado quando tinha duas vagas, como vai ser em 2014 com apenas uma vaga? Se o PP estiver pensando em negociar suplência, pode ser que tenha chance. Concluindo, não consigo ver isso como namoro sério e sim uma relação tipo "ficando" políticamente.

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